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2007/06/14

El Campus

Espanha, Pamplona, Navara; Hotel Abba Reino de Navarra, Quarto 103

Sexta-feira, 15 de Junho de 2007 - 10.58 am


Buon giorno. Ontem não escrevi nada porque estava a acabar o portfolio (que, by the way, ACABEI!!!). Fiquei até às 3 da matina a digitar, editar e passar-me dos carretos com a estupidez de um word de 250 páginas. Mas pronto, doesn't matter, agora estou mesmo de férias. Mesmo.


Fui acordada pelo pequeno-almoço ontem às 9.50, tendo a Guadalupe às 10 e meia a buscar-nos pela visita ao campus.

Campus, campus... Isto é lindo. O edifício central é muito estilo Yale, com aquele imperativo clássico impropositado visto que é uma construção dos anos 60. Vimos as salas todas e sentei-me na cadeira do reitor (numa sala impressionante com a fotografia de todos os reitores, já agora, homens de muy buena pinta, e do S. José Maria - que aparentemente tem presença em todas as salas, todas as capelas, todos os pátios...). Acabei por conhecer o reitor que disse que eu devia estudar muito e que "iria conseguir" entrar aqui em Navarra.
Depois vimos a faculdade de Medicina, com a biblioteca com milhares de alunos a estudar num silêncio assombroso, a faculdade de Biologia e os dormitórios dos alunos (há vários, mas vi o das raparigas que era IGUAL ao DARCA! Até o ambience das pessoas era igual). Estive na secretaria a arranjar todo o tipo de papéis sobre a entrada para a universidade (já me decidi a não ir para Medicina, apesar dos grazinanços dos avós e insistência em particular do avô Zé para todas as pessoas de que eu ia para Medicina de facto; pelo que, se entrar algum dia para aqui, será ou para fazer História ou alguma pós-graduação relacionada com relações internacionais). No fim, fui à Clínica - parecia um Hotel, completamente funcional, vimos o ICU e o MCU, as consultas, quartos e salas de funcionários... deu-me alguma vontade de, um dia, estar de bata branca lá a atender gente, devo dizer.
Almocámos no Hotel, vim para o quarto dormir e fazer o portfolio, jantei no quarto de Hotel e pronto, acabei tudo tardézimo.


Hoje fui acordada às 6 da manhã de Lisboa, 7 de cá, nem sei bem para quê visto que já tinha o portfolio feito. Estive durante duas horas a tentar de todas as maneiras enviar as coisas ao pai, objectivo atingido, agora estão a ser impressas e eu, esfaimada, a tomar o pequeno-almoço já frio.



Temos de sair do Hotel às 3 e meia, a ver se eu já tenho então tudo pronto e ainda tive tempo de ir ao cabeleireiro. Devo chegar a Lisboa pelas 7 (hora de lá) e tenho bastantes propostas interessantes para esta sexta-feira: sair, (as natural); ir ao teatro ou jantar com a minha melhor amiga... mas desconfio que não faça nenhuma das coisas, e vá dormir - como fiz no ano passado, no último dia de aulas, em sinal de desprezo por um dia que acho que não deve ser celebrado. É bom estar de férias, sim, mas - call me crazy - eu adoro aulas.



Este fim de semana estou a dormir chez pai: a ver se amanhã vejo primos e/ou vou à praia, à noite temos o jantar de turma; Domingo tenho um crisma e segunda já tenho coisas combinadas. Bom começo de férias, hem?



Vou ver se me arranjo.




Francisca Soromenho





P.S.: ALFAMA GANHOU !!! AH GRANDA ALFAMA!!! (*proud*- a minha freguesia...)

Ah, e para quem estiver interessado, voltaram a entrar-me no quarto... desta vez comigo a dormir. Liiindo!

Porque a chuva dá nestas coisas...

Fui, saí. Viajei para os teus braços, e mergulhei no calor do teu olhar.
Adormeci e regressei. Voltei para ver, para sentir, para tocar, e perceber que o meu delírio era mais - que o meu sonho eras tu.

Deixa ficar escancarada esta noite a janela da ilusão, o portal do sonho, o respirar do Mundo. Deixa que eu te trespasse, por um segundo, metamorfosando-me na luz, no vento que há em ti.
Não arranques de mim a dor!!
Tira-me tudo, tira-me a alma até. Mas não me tires o afiado do sofrimento que sempre me faz voltar... e despertar para uma realidade amarga cheia de contradições. Não me arranques o desespero, a angústia, a agonia de viver sem ti! É o desejo de morrer que me faz sentir viva, e saber-me livre de escolher. Optar por viver outro e outro dia a seguir, apenas para te ver em sonhos e saber que não estás... És o vício, o vício doentio e desesperado de uma rotina intragável de prejuízos. Mas não deixas de saber bem, sem razão.

Francisca Soromenho
acompanhando a maior viagem de todas