Sem ti, não há a graça de ver o amanhecer numa praia deserta.
Sem ti, a noite perde a adrenalina pulsante que me faz procurar, de entre milhares de rostos desconhecidos, a tua face sublime e inesquecível, a tua figura elegante que nos puxa o canto do olho de dentro de uma multidão.
Sem ti, ficam inutilizáveis nos tempos muitas gargalhadas e muitas fantasias jogadas fora, aladas e brancas, sobre o travar de um cigarro.
Sem ti, perdem o sentido todas as utopias pensadas, porque és a razão do seu existir.
Sem ti, não há espera possível que valha a pena, nem razão para o dilema hesitante de te aguardar, ou correr para o teu encontro.
Não há delírio comparável, nem sorriso tão enigmático quanto o teu. Não há escultura mais exacta do que a forma do teu corpo, nem mãos mais fortes e seguras que as tuas. Não há gargalhada mais franca e entusiasmante do que as tuas. Não há na Terra olhar tão penetrante, e ninguém que me conheça tão bem.
Porque desceste ao meu mesquinho mundo e me deste a mão? Porque saíste do teu pedestal ofuscante, se só para me sussurrar ao ouvido promessas que se estendem na areia como as vagas de mar? Porquê inquietar-me na minha pequenez, e me dares a esperança glorificada de algum dia ser algo aproximado ao digno de ti?
Podes me pedir tudo, tudo em troca, pois daria de bom grado o sopro de vida que há em mim por um simples toque divino teu. E deste-me mais, muito mais, de mais até para o que uma simples mortal como eu poderia jamais aguentar.
É demasiada beleza, é demasiada emoção. É um perfeito “demais” enervante, que me faz duvidar da realidade do momento. És demais, demais para existir, demais para que sequer me contemples… és demais.São quimeras destas que fazem o Viver valer a pena. Por vezes, passamos vidas inteiras à espera que aconteçam e, no entanto… não deixa de ficar em nós a estranha dúvida do porquê. Um porquê amargo que nos vai remoendo a cada segundo do dia e a cada badalada da treva, só para cortar com acidez o doce viciante de todo este sonho.
Sem ti, a noite perde a adrenalina pulsante que me faz procurar, de entre milhares de rostos desconhecidos, a tua face sublime e inesquecível, a tua figura elegante que nos puxa o canto do olho de dentro de uma multidão.
Sem ti, ficam inutilizáveis nos tempos muitas gargalhadas e muitas fantasias jogadas fora, aladas e brancas, sobre o travar de um cigarro.
Sem ti, perdem o sentido todas as utopias pensadas, porque és a razão do seu existir.
Sem ti, não há espera possível que valha a pena, nem razão para o dilema hesitante de te aguardar, ou correr para o teu encontro.
Não há delírio comparável, nem sorriso tão enigmático quanto o teu. Não há escultura mais exacta do que a forma do teu corpo, nem mãos mais fortes e seguras que as tuas. Não há gargalhada mais franca e entusiasmante do que as tuas. Não há na Terra olhar tão penetrante, e ninguém que me conheça tão bem.
Porque desceste ao meu mesquinho mundo e me deste a mão? Porque saíste do teu pedestal ofuscante, se só para me sussurrar ao ouvido promessas que se estendem na areia como as vagas de mar? Porquê inquietar-me na minha pequenez, e me dares a esperança glorificada de algum dia ser algo aproximado ao digno de ti?
Podes me pedir tudo, tudo em troca, pois daria de bom grado o sopro de vida que há em mim por um simples toque divino teu. E deste-me mais, muito mais, de mais até para o que uma simples mortal como eu poderia jamais aguentar.
É demasiada beleza, é demasiada emoção. É um perfeito “demais” enervante, que me faz duvidar da realidade do momento. És demais, demais para existir, demais para que sequer me contemples… és demais.São quimeras destas que fazem o Viver valer a pena. Por vezes, passamos vidas inteiras à espera que aconteçam e, no entanto… não deixa de ficar em nós a estranha dúvida do porquê. Um porquê amargo que nos vai remoendo a cada segundo do dia e a cada badalada da treva, só para cortar com acidez o doce viciante de todo este sonho.
Francisca Soromenho 2007/09/07