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2007/12/30

Carta a Deus

Obrigada por outro ano cheio de experiências.
Obrigada por me deixares acrescentar mil e uma vivências.
Obrigada por tudo que passou, que vai passando.
Obrigada por me dares a vida para eu a ir enfrentando.
Obrigada por em cada sorriso, em cada olhar,
Ver um brilho de Ti, uma ponta do teu amar.
Obrigada que em cada dia o sol nasça,
Obrigada que a lua sempre brilhe, e eu me faça
Maior, melhor, à Tua imagem,
Com mais Força, Vontade, eu vou, nesta viagem.
Obrigada por todo o sofrimento,
Toda a dor, todo o instante e a cada momento
Em que eu vou percebendo, mesmo sem saber,
Que tudo acontece porque tem de acontecer.
Obrigada pelas chatices que sempre se resolveram
Obrigada pelas entrelinhas que nos apareceram
Peço acima de tudo que tenhas piedade
Por todos os pecados com que contraí amizade…
Intencionalmente, ou mesmo sem ser,
Peço desculpa pelas vezes em que Te fiz sofrer.
Sei que acima de tudo nunca me deixaste
E quando tudo parecia escuro só Tu me alumiaste.
Obrigada por sempre acreditares
E “eu sou capaz”, só por Tu me amares
Obrigada por um 2007 tão cheio de Ti, de todos, de mim pelo meio
Mais um ano que passou porque assim o quiseste,
Obrigada meu Deus, pelas benesses que me deste.
E que cada Amizade seja para enriquecer,
Cada desventura do dia me tenha feito aprender,
Que cada conselho que tenha sido dado,
Não tenha sido por querer, mas por tua Vontade.
Que 2008 seja igualmente produtivo,
Que em cada instante, eu esteja Contigo.
Peço desculpa se este ano Te abandonei.
Prometo que para o ano a sério tentarei
Comungar mais de Ti,
Viver mais do que é bom para mim.
Mesmo que nem tudo se vá resolvendo,
Que eu contribua, Senhor, para um melhoramento.
Que este ano seja activa em todos os campos,
Família, Amigos, e noutros tantos
Que me cultivando vá engrandecendo os demais
Que por fim se perceba que todos somos Iguais.
Peço-Te por todos, peço-Te por mim
Que seja um ano pacífico, que no fim
Consiga dizer-te de limpa consciência
Que em cada dever pus toda a minha essência.
A Ti Te entrego todo o meu futuro,
E se ao terminar este ano não esteja neste Mundo,
Que esteja Contigo, para sempre.
Que de ti não me separe, que nunca me faça ausente.
Por mais males que me venham a cair,
Prometo-Te que nunca vou desistir,
De Ser, ser Feliz e de Amar…
Que ninguém diga que eu só sei sonhar.
Porque AGINDO com Tua graça,
Sei que neste ano, não há nada que não Faça.
E finalmente obrigada por me teres feito aprender
Que há mais na vida do que simplesmente viver.

Francisca Soromenho
Passagem de Ano 2007-2008

2007/12/13

Abraços à lareira, e cigarros ao frio.

Parece um sonho, de pensar que ainda há pouco venderia a minha alma – uma alma que de minha não tem nada, quanto muito te pertence – por outro alguém, por outro tu que nem tua sombra era. E hoje dói-me simplesmente pensar na possibilidade de procurar o conforto, satisfazer a necessidade de te ter, noutro corpo, noutros braços, noutros cabelos… Noutros olhos, que não os teus.
Odeio que seja verdade, que enquanto me perdia por outras mãos, por outros lábios, por outros corações, tu, tu lutavas – e fizeste por me abrir. Inconscientemente, sabia que tinhas razão e, mesmo assim, fugi. Neguei em mim a insustentável verdade de que sem ti, não sou nada. E agora que sei que não te tenho, que te perdi, mas que te quero como nunca antes.
Arrependo-me. Choro em silêncio e na secura, por saber que voluntariamente morria por outras palavras, dava voltas surdas na noite por outros beijos, tremia por dentro com outro olhar – gestos que tanto me diziam e que hoje não me dizem nada, actos que falavam em silêncio, e que agora, gritando, não os oiço.

Dói tanto! Se sonhasses o quanto me magoa, o quanto me fere… o quanto me mata, devagarinho, cada suspiro de tua felicidade, sem mim. Estou dividida, hoje – porque morro com cada bater do teu coração contente, e mato-me por saber que só és feliz sem mim. Dói! Morrer assim, lentamente! Dói ver que te tive tão perto, tão inseguro, tão pronto a dar-te, e agora descansas debaixo da asa segura de quem te ama! Dói-me tanto, tanto!
Percebo agora que me embriagava de ilusões e de esperanças, e nunca fui totalmente. Sou, só, Feliz… mas incompleta. Porque sem ti, nada faz sentido e nada merece Ser. Dilacera-me, sabes? Tenho a certeza que por muito que nunca dê, sei que se desse… tenho a certeza, de que se houvesse a ínfima oportunidade no cosmos de te ter… seria bom. Seria bom, e por isso, melhor do que tudo. Seria perfeito – um perfeito nosso, um perfeito simples e pouco rebuscado, repleto de defeitos, de imperfeições, semeado com brigas e atritos. Mas não importaria, nunca! Seria o nosso perfeito, íntimo e recatado, que nos faria crescer e ficar alegres, porque acordaria sempre nos braços para os quais fui feita, os braços que foram feitos para eu adormecer.
Não seriam beijos apaixonados, nem arrepios que me acordariam à noite a suar. Não seriam os delírios loucos de paixões fulminantes, nem o vazio no estômago e um grande pesar. Poderiam vir, esses momentos, com o tempo. Mas, contigo, sei que seria o sono mais profundo, descansado, ininterrupto… sem sonhos, porque viveríamos a derradeira fantasia de construir o quotidiano. Seria a noite mais pura, mais descansada, mais eterna – porque seria contigo, e só contigo, com quem eu poderia sempre confiar que me protegeria durante as horas negras e zelaria por mim, sempre, e por vezes acordaria só para saber se eu respiraria em sossego. Como eu faria por ti.
Não és o mesmo. Não és o mesmo tu ardente que me corrói, por dentro. Não é a vontade de ser tua dona, e de tu seres meu, não é o irritante de seres meu sangue e não estares em mim. É a dor última e fatal de que cada inspirar teu me dá vida, e me mata, e me magoa e me alegra – por seres feliz – mas dói tanto, por sê-lo sem mim.

Destino, destino cruel que farias doer tanto esta certeza de que sou incompleta.

2007/12/04

depois falamos...

Vais ver que um dia não são dias, e tudo assume a sua posição quando é preciso. E tenho tempo, para crescer e ver que tudo dá sempre no melhor.
Saberás, ao passo que fores vivendo... que estou aqui. Pronta, agora, para te abraçar com toda a minha alma.

Amar, é ter a certeza que a Felicidade é somente imperando sobre falhas que nos tornam especiais, sobre obstáculos que nos apanham desprevenidos. E isso faz o Ser, e se torna Vida.
acompanhando a maior viagem de todas