Should this blog be deleted?

2007/07/19

so long, guess this is goodbye...


Não sei se tenho net em espanha, veremos por isso mais vale despedir-me...


ATÉ AGOSTO!!!


- é favor só mandar mails para o meu mail, porque eu pago 1€ por sms e mais por minuto... visto que vou andar por Espanha. Vou morrer de saudades!



a viajante,

Francisca Soromenho

Saudade


E aproxima-se outra partida, outro adeus, outra despedida que não existiu.

Por quanto tempo, pergunto? Quanto sem contemplar o teu respirar vagaroso e melancólico, quanto sem me deixar hipnotizar? Quanto tempo sem sentir no corpo o teu toque, e pela minha pele os teus beijos firmes que me davam a segurança de existir? Quanto tempo ansiarei eu pela tua voz grossa e pela tua gargalhada, quanto tempo sem te ouvir chamar-me só para me fazeres rir? Quanto tempo passará sem que repouse o meu olhar nos teus ombros largos e braços fortes com que me amparavas e aquecias, quanto sem admirar em silêncio o teu jeito desajeitado e, arriscaria, infantil de encarar a vida?
É como se arrancassem o chão debaixo dos meus pés, sem aviso. Como se estivesse a cair num buraco sem fundo, e meu único consolo é saber que um dia estive em terra firme! Porque não choro nem fico sobressaltada por saber que me vais fazer falta, não… Não tenho medo de sofrer prolongadamente por saudades tuas, mas sim de que a tua presença não seja carecida. Não temo a dor de te ter longe, mas os trejeitos mudos do consciencializar que nunca me fizeste falta, de verdade. Preciso, tenho de precisar de ti.

E por quanto tempo, afinal? Nem que por um segundo fosse!… Mas vai ser mais, vai ser muito mais. Vão ser semanas, meses: vai ser um Verão inteiro sem saber novas de ti. Quase uma vida inteira doravante separados por mar, por gentes, por caminhos diferentes que, de resto, sempre o foram – tocaram-se gloriosamente num ponto, e o seu desfecho depende inteiramente do modo como encaremos esta separação. Parting is such sweet sorrow.
Como sempre, há que pegar na prancha, cravar as esporas, e encarar esta nova fase – de distância – com alguma coragem. E esperança, também. Quem sabe, os quilómetros que nos afastam sejam meras ilusões, e tenhamos sempre um refúgio (só nosso!) onde nos encontrar. Mais um motivo para nos unir. Quem sabe? De pensar, de sentir, de fantasiar, de ter saudades – aquelas, tão fortes que não têm definição –, se calhar, quando voltes, vejas em mim um novo resplandecer… e eu? Bom,… que eu fique apenas destinada a observar um novo brilho, um novo fulgor, em ti. Porque, já que falamos de esplendor? Deixa-me que te diga: para mim, sempre te destacaste!


Francisca Soromenho
2007/07/19

2007/07/18

friends @ casa da Pilar


Já tem algumas semaninhas, mas está gira, sim??

Touch .

Há toques que nos apaixonam e cativam, nos deixam presos para sempre num limbo paradoxal de prazer e sofrimento, em que só nos queremos afogar.
Há toques que parecem beijos: nos enamoram num instante apenas, e que queremos que durem para toda a eternidade.
Há toques que são retumbantemente paradoxais: leves como uma pena a roçar-se lentamente, e intensos como toda a energia do Mundo consumada no mesmo delírio abrasador. Há toques que nos gelam por fora, de tão surpreendentemente reveladores, mas que por dentro nos deixam derretidas de uma maneira inesquecível, irreversível e fatal.
Estas trocas de energia, assim, num tom simples e descomprometido, num gesto irreflectido de amar, que fazem com que a Terra gire e tudo faça sentido, por dentro – ainda que à superfície nos sintamos rodeados num nevoeiro espesso de dúvidas, e confusão. Como é que numa carícia enfeitiçaste tudo em tua volta?

Fazes-me vibrar, e tenho de me amordaçar para não suplicar por mais. Secretamente, quase mais do que o teu toque, gosto da maneira como tremes devagar e baixinho quando brinco com os teus pontos, e quando me divirto a ir onde nunca ninguém ousou ir em ti – forjar do ar ilusões com a ponta dos dedos e, passeando com ciência os meus lábios por sítios insuspeitos, te fazer voar.
Nunca te pedi nada mas, em poucos segundos e sem mistério, foste capaz de me dar mais do que numa vida inteira.


Francisca Soromenho
2007/07/17

nuttin' NU

Portugal, Odemira, Vila Nova de Milfontes - Quinta do Zambujeiro, escritório
Quarta-feira, 18 de Julho de 2007 - 22.00

Não se passou nada de significativo nesta semana.
Sol, algum mau tempo, praia, e hoje estive em Lisboa... por duas horas.

Amanhã vou andar de vela, e sexta embarco numa fatídica viagem por Espanha (uns 10 dias) de carro, com o pai, a avó Filó e a Nena. Não me apetece nada, sem telemóvel nem net nem amigos nem sol nem hotéis decentes, mas a ver se me divirto, eventually. I guess I'll wait and see. Remédio!

Big kiss,

Francisca Soromenho

2007/07/15

uma semana .

Portugal, Odemira, Vila Nova de Milfontes - Quinta do Zambujeiro, escritório
Domingo, 8 de Julho de 2007 - 20.16

Aconteceu muito na última semana.
Começando por Óbidos 2007 - fui Domingo com a avó Filó, Pai, tio Francisquinho e Nez Conceição para lá. Viagem de duas horas linda, com cenários brutais até lá. Chegámos às 4, lanchámos, apanhámos sol e fomos à piscina, fiz o jantar (os bifes de frango comidos pelo vinho azedo xD), e andámos por Óbidos à noite, na praia e a beber chocolate quente ao serão. Segunda-feira levantámo-nos à uma, fizémos sanduiches e andámos até à praia (uns 5 km). SOUBE QUE IA SER MANA E MADRINHA! HAHAHAHA. Fomos ao mercado comprar jolas para celebrar e tobbacco, jantámos almôndegas e repetimos o feito da véspera, indo até à praia e depois piscina de madrugada! Terça-feira almoçámos massada e voltei para Lisboa à tarde. À noite estive por Entrecampos.

Quarta-feira tarde no Corte Inglés, ida à Alameda e jantar no famoso chinês do Bairro Azul com a Verini. Noite lá, também. Quinta-feira levantei-me ainda mais tarde, ter ao Saldanha à hora de jantar com "o pessoal", ida de metro para o Rossio. Choradinho nas bilhiteiras do Sagres Dance Station, e passámos os anos do Rolas na Praça da Figueira. Os carochos.
Sexta vim de manhã para Vila Nova com os avós, depois de passar pela Ameixoeira a deixar o telemóvel ao Gabi (de que convenientemente nos esquecemos na minha carteira...).

Os dias têm sido sempre iguais; Sol, família, aventuras de jipe até ao Sarilhos, perder o tio Zé Maria no meio do Rio, etc.

Vou falando.

A viajante,

Francisca Soromenho

2007/07/07

strange

Portugal, Lisboa; Casa do Pai - quarto, à secretária
Domingo, 8 de Julho de 2007 - 04.08

É estranho como as coisas, em pouco tempo, mudam tanto. Como os sentimentos são voláteis e como há boas surpresas em cada esquina.

Voltei agora do jantar de uma amiga em Belém, onde me fartei de andar até às Docas, onde passei a noite. Ontem tive no Marquês, a visitar um amigo à Estefânia, Saldanha e sair para o Paradise Garage - que, de resto, estava uma trampa. Anteontem também não se fez nada de especial.

Life is indeed the supreme box of chocolates. Vou para Óbidos de manhã, volto Quarta-feira e Domingo para Vila Nova. Quem sabe que mude até lá...?

2007/07/06

Rei

We know where we're going,

we know where we're from.

2007/07/05

Super Bock Super Rock 2007

Guigas, Quica, Chica, Nuno, Leitinho, Gabi e Valente... ou não!

Amigos, Estrelas e Fumos - tudo o que é preciso para se ser Feliz num spot como o nosso.

2007/07/03

disappointments and illusions

Portugal, Lisboa; Casa do Pai - de joelhos na minha secretária
Quarta-feira, 4 de Julho de 2007 - 04.15 am

O dia foi normal - bom, de resto, como está a ser esta semana aus Lissabone.
Descobriram-se coisas. Amigos ficaram mal, e por momentos criou-se um clima de má onda e insegurança entre nós... nada que não se resolva com tempo e, vá, algum suor empregue por boas causas.
Tarde no Saldanha, jantar pacato com o pai, apareceram 3 amigos ao serão e ainda fomos ter com "pessoal" ao Corte para depois vir a Quica cá dormir a casa.

Notas do dia?
Podemos ter muitas coisas e até a ousadia de segurar todo o Mundo nas mãos. Mas nunca podemos confiar em ninguém sem ser em nós mesmos, e até o nosso superego nos desilude once in a while. Há atitudes que nunca esperávamos de so called "amigos", e ideias que têm de nós que nem nos passam. No fim, tudo se acaba por resolver... (remédio :p), mas os Amigos - esses sim, ficam. E se mantivermos a dignidade, somos até capazes não só de nos manter à tona mas, por uns segundos, de voar. Can't keep my eyes from the circling skies.
Será assentar solução? Não me parece, pelo menos por agora. Gosto da loucura viva e táctil do respirar.

2007/07/02

pointless beautiful day

Portugal, Lisboa; Casa do Pai - sofá da sala
Segunda-feira, 3 de Julho de 2007 - 2.15

Sem "porquê", sem razão, sem sentido nem ponto final! Um dia agradabilíssimo, do qual saí com uma orelha rasgada (muhahaha), um conhecimento aprofundado dos Piratas das Caraíbas III e uma barrigada de chocolates e pipocas - não esquecendo um grande sorriso.


Viajar, não é por um mapa físico. Não preciso de sair do país, da cidade, da sala ou nem do lugar para viajar. Posso viajar pela mente de quem se encontra comigo, e posso ir ainda mais longe na minha. Viajar, é abrir os olhos e ver- mesmo que esteja escuro, mesmo que estejamos de pálpebras cerradas.

I have a secret .

... sim, a Felicidade - obrigatória, consciente e constante. Um segredo que pertence ao Mundo inteiro!

2007/07/01

Tapete 2007/06/27

Depois de uma revelação e de muito alcóol (!?!?)...

Ainda estou chocada com a força com que te abateste, de repente. Caiu sobre mim todo o peso da maior ira que já tinha sentido, de tal modo que no momento a seguir fiquei esgotada, completamente absorvida pela intensidade de uma pequena (e, provavelmente, irreflectida) indiferença que me transmitiste. Num instante, tinha a Caixa de Pandora na garganta; no outro, a imensidão de um buraco negro por todo o corpo.
Foi o consciencializar de um vício ou o ressacar de um preexistente? Foi uma dor lancinante ou o consumar de uma grave doença que me ia deixando fraca? Não sei, e pouco me interessa: o que é facto, é que me deixaste inerte – passei de garrida a incolor, de pessoa viva a um mero tapete que possas pisar com toda a facilidade. Fizeste com que nem o chão frio apaziguasse o calor do ódio que se materializa no fundo, na garganta, nas artérias fervilhantes e nas veias mornas que latejam de modo repetente e ensurdecedor.
Rasgaste-me por dentro, não com palavras afiadas, não com puxões e maus-tratos, mas apenas com a falta de atenção. Morri, porque não me regaste. O mais injusto é que não foi água o que te pedi, mas simplesmente o gotejar acre de fel ou verbena, o aspergir de cianeto até me servia… se ao menos fosse vindo de ti.
Percebes agora a minha irritação? Uma raiva tão grande que não tem espaço, que não cabe em mim, em ti, no Mundo nem no Cosmos, um sofrimento tão forte que teve de se ir embora e consigo arrastar tudo o que fui, tudo o que era.
São espantosos os estragos da indiferença.
Contudo, não posso ser totalmente injusta, como tu quiçá foste: agradeço-te por isto, por me teres dado a oportunidade de me reescrever, de me fazer do 0, de Ser simplesmente. Obrigada por, numa fracção de segundo, me teres feito sentir mais viva do que em toda a minha vida.

change, it always changes .

Portugal, Lisboa; Casa do Pai - sofá da sala

Segunda-Feira, 2 de Julho de 2007 (anos do Fortes)- 01.37


De tardes pouco importantes no Atrium, no Camões e no Coreto, a noites em casa da Quinha, à noite de Sexta em que fui barrada e à semana em Vila Nova. Nos entretantos, muitas revelações, muitas surpreas, muitas confidências. Jantares em casa da Cissa e nunca joguei tantas vezes ao Verdade ou Consequência - nem vou falar disso. what happens in Vila Nova, stays in Vila Nova.

Muitas bezas, oh yeah. Muitas gargalhadas, muitas desilusões, muitas descobertas interiores. Tudo a preparar terreno para o Verão 2007.


E no meio disto tudo fiz uma queimadura! Deixo apenas isto...

acompanhando a maior viagem de todas