Should this blog be deleted?

2007/09/13

Tripping.

Uma grande viagem.
É mesmo bom pôr-me a caminho, partir à aventura por uma estrada qualquer. Embarcar numa jornada sem bagagem, sem nada, sem quaisquer correntes que me prendam à terra firme que deixamos para trás.
É indescritível a sensação que me atravessa agora, visto que a euforia da dúvida paira no ar: encontro-me presentemente voltada para o mais pleno dos desconhecidos.
Sinto-me uma navegadora, entre nós dois. Parto pois para algo sem a mais pequena das expectativas, ou melhor, com todas as expectativas do mundo numa só: a derradeira e última de que tudo é possível.
Sou cega tacteando um caminho, uma ponte, uma ligação que possa existir. E não tenho qualquer medo de me despenhar num abismo. Já lá estive muitas vezes, e não me arrependo dos arranhões que fiz ou das cicatrizes que ostento – elas apenas provam que fui, que estive, que Sou. Acabo uma etapa, começo uma nova marcha.
Não é de todo uma romaria, sequer uma peregrinação. Não passa de um filme sem guião, de uma rota sem mapa, de um percurso deixado ao sabor das marés e dos sentidos. Nunca há de ser mais do que isso, do que uma grande busca de um algo incógnito, que sempre revelar-se-á surpreendente.
Por tudo isso mais vale estar preparado, e a única formação possível nem é a do esquecimento, mas a da aceitação; assimilando o propósito firme de que tudo corra pelo melhor, de que se empenhe tudo, de que não se leve nada mais a não ser boa fé e um sorriso rasgado. São as únicas forças intocáveis, que espero que me alumiem na noite escura. Desta vez não há artefactos atrás de onde me possa esconder, por debaixo de onde me possa proteger. Não há relíquias nem engenhos que me auxiliem, porque largo amarras em busca do silêncio retumbante que é o misterioso.
Nada me impede. O passado é intransmissível, intransponível, tornou-me “eu”, mas por ser neste caso irrelevante, fica. Fica e sedimenta-se por si mesmo: é o degrau e a base para subir ao selim da descoberta; é a vacina administrada pela vida e que me deixa à prova da Vida em si. É um caminho solitário, exposto ao mundo. Mas não tenho medo, nem ânsias, nem nada: a dor purificou-me, o tempo sarou-me, e estou leve. Pronta a correr o que for preciso em busca do incerto, sendo o incerto o que mais me fascina. Por isso nem me despeço, e vou. Começo, sem olhar para trás.

Conquistando novos terrenos, desbravando novas florestas, escrutinando os palmos de novo que distam apenas à distância da curiosidade. Nem sei bem. É exactamente essa, a neblina da ignorância pairando que atrai para o desconhecido, que me impele a passar do ponto sem retorno. É o desconcertante do teu perfume doce e viciante a esperança que me deixa inquieta e revoltada, que me impossibilita a simplesmente deixar-me ficar.
Por isso vou.

Posso ser louca, posso ser imprudente. Mas arrisco.
Agora tudo depende do mar. Depende de ti. Depende se as ondas e os ventos são favoráveis, e se tu estás disposto a deixares-te atravessar. Por mim, dou à volta ao mundo, e não regresso nunca mais.

Francisca Soromenho

First day of school

NOVO .
Novas professoras .
Nova disciplina (Economia A allez!) .
Novos programas .
Novos lugares .
Nova sala .
Novo ânimo .
Nova turma (menos um elemento, mas 'sse bem.) .
novo . tudo novo .
acompanhando a maior viagem de todas